quinta-feira, 2 de abril de 2020

GROGRAFIA 8º ANO A B C D E

Ano/série
8° ANO – Ensino Fundamental
Objeto de estudo:
Corporações e organismos internacionais e do Brasil na ordem econômica mundial
Habilidades:
(EF08GE28*) Identificar fatos, dados, situações e/ou fenômenos do processo de globalização e avaliar as diferentes manifestações culturais, políticas, econômicas, ambientais e sociais, em diferentes lugares; (EF08GE06) Analisar a atuação das organizações mundiais nos processos de integração cultural e econômica, em especial nos continentes americano e africano, reconhecendo, em seus lugares de vivência, marcas desses processos; (EF08GE07) Analisar os impactos geoeconômicos, geoestratégicos e geopolíticos da ascensão dos Estados Unidos da América no cenário internacional e discutir a sua posição de liderança global e a relação com os países que integram o BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, em especial com o Brasil e a China; (EF08GE08) Analisar a situação do Brasil e de outros países da América Latina e da África, assim como da potência estadunidense na ordem mundial do pós-guerra.
Tempo de estudo:
4 aulas por semana
Momento 1
Leitura
Momento 2
Exercícios
Momento 3
Trabalho de pesquisa


O processo de globalização a partir da Guerra Fria
Durante a Guerra Fria, não houve uma guerra direta entra os Estados Unidos e a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). No entanto, essas potências influenciaram e financiaram conflitos, ditaduras militares ou guerras civis em vários países aos quais eles participaram ativamente. Foram as chamadas guerras indiretas entre as potências. Veja alguns exemplos desse tipo de enfrentamento no continente asiático:
·         Guerra da Coreia (1950-1953);
·         Guerra do Vietnã (1964-1975);
·         Guerra do Afeganistão (1979-1989).
Com o fim da Guerra Fria, o sistema capitalista prevaleceu em meio ao processo de globalização. Países asiáticos que se voltaram para a economia de mercado e passaram a produzir produtos industrializados e tecnológicos para todo o mundo.
A partir da década de 1960 passaram a surgir os “Tigres Asiáticos” (Cingapura, Hong Kong, Coreia do Sul e Taiwan), que se destacaram no processo de industrialização marcado pela agilidade administrativa, pela competitividade, pela participação crescente no mercado internacional e por uma política agressiva de exportações. Com exceção da Coreia do Sul, esses países tinham um mercado interno reduzido e não possuíam recursos minerais, diferentemente do outros países de menor desenvolvimento econômico da América Latina, que se industrializaram nesse período.
Também de modo diferente dos países latino-americanos, os Tigres Asiáticos apoiaram-se em uma industrialização orientada para a exportação. As multinacionais que se instalaram nesses países, e mesmo as empresas nacionais, tinham como objetivo principal o mercado externo, esse modelo foi ampliado para China, Vietnã, Malásia, Indonésia e outros. Se o modelo de substituição da importação destacou a participação de investimentos estadunidense e europeu, no de industrialização para a exportação a principal fonte de investimentos o Japão.
Embora cada Tigre tenha traçado seu modelo de desenvolvimento industrial, o crescimento econômico desse conjunto de países alicerçou-se na associação entre a empresas privadas e o governo. Este garantiu proteção às empresas nacionais por meio de impostos, criou mecanismos legais de incentivo a exportação e investimentos estrangeiros, providenciou a infraestrutura necessária (transporte, comunicação e energia) e investiu altamente em educação.
Também forma criadas as Zonas de Processamento de Exportações (ZPEs). Cingapura, Hong Kong, e Taiwan adotaram uma política de incentivos para atrair as indústrias multinacionais, responsáveis pelos investimentos diretos na produção. Depois, o crescimento das ZPEs foi apoiado pelas próprias empresas.
Os Tigres Asiáticos priorizaram a instalação de empresas de produtos de alta tecnologia, como componentes de computadores e microeletrônicos, elevando os salários para se livrar das indústrias estrangeiras que fabricavam produtos de tecnologia pouco avançada e se instalaram em seu território em razão da mão de obra barata.



A Rússia na Economia Global
Com o fim da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) em 1991, formam-se 15 países independentes (Comunidade dos Estados Independentes – CEI), assim a Rússia perde influência em vários países e passa a enfrentar uma difícil transição de uma economia socialista para capitalista, seguido de conflitos separatistas, crise econômica e política. Porém, retomou o seu crescimento econômico em função do aumento do preço do petróleo e gás.
Em 1998, por possuir um grande poder político-militar, a Rússia ingressa no G8, grupo formado pelos países mais ricos do mundo (Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Canadá e Rússia), isso porque a Rússia ainda é considerada uma superpotência na produção de petróleo e gás em uma região estratégica para a geopolítica mundial, como ilustra o mapa a seguir:






Fonte: brasilsoberanoelivre.blogspot.com
Como mostra o mapa, os europeus dependem da Rússia para o fornecimento de gás, fonte energética fundamental para as atividades econômicas e aquecimento de residências no inverno. Essa situação deixa a Europa vulnerável na sua relação com a Rússia. Além disso, a Rússia tem acordos militares com a China, Irã, Síria e Coreia do Norte, países contrários as ordens políticas e econômicas dos países ocidentais, como Estados Unidos.
BRICS
O BRICS é um agrupamento de países em desenvolvimento com destaque no cenário mundial em relação ao seu desenvolvimento econômico e participação no mercado global. Trata-se de uma sigla que reúne Brasil, Rússia, Índia e China, até que, em 14 de abril de 2011, o "S" acrescido foi resultado da entrada da África do Sul (do inglês: South Africa) ao grupo. Esse grupo não é um bloco econômico, mas uma aliança política que busca destaque no seu crescente poder econômico e relação a outros países, com o objetivo de atingir maior influência geopolítica.

Em 2009, foi a primeira reunião do BRIC, com a presença de Luiz Inácio Lula da Silva, Dmitry Medvedev, Manmohan Singh e Hu Jintao, os respectivos líderes do Brasil, Rússia, Índia e China, todos presentes. O foco reunião estava era de melhorar a situação econômica global e reformar a instituição financeira além de discutir como os quatro países podem se ajudar no futuro. Houve mais discussões sobre maneiras pelas quais países em desenvolvimento podem se envolver nos assuntos globais.
Crises econômicas internacionais
O sistema capitalista caracteriza-se pela sucessão de períodos de crescimento, seguidos de períodos de recessão, ou seja, crises econômicas. No decorrer dos períodos de crescimento, há também um aumento do consumo, da facilidade de obter empréstimo, da valorização de ações das empresas e valorização da moeda nacional.
Durante a recessão, no entanto, há a redução do consumo e produção. As causas das crises econômicas nacionais e internacionais podem ser geradas por guerras, pandemias, especulação exagerada na bolsa de valores, crise política, falência de bancos e grandes empresas, sobrevalorização de imóveis e produção acima da capacidade de consumo. Esse contexto gera incertezas quanto às possibilidades de manutenção do emprego, pagamento das dívidas e a obtenção de crédito para novos financiamentos, o gera uma crise econômica. As oscilações do sistema capitalista podem ter curta duração, como as variações das bolsas de valores, ou estender-se por períodos mais longo, como meses e anos.
Com a internacionalização da economia, as crises que atingem as grandes potências econômicas podem ser estender por todo o globo e afetar, indiretamente, as economias nacionais. Como podemos ver no quadro a seguir, as consequências de crises globais que interferiram no Brasil:


Em países em desenvolvimento como o Brasil, foi criado pelo marcado financeiro uma classificação de risco que corresponde uma nota dada a uma país ou empresa, de acordo com a sua capacidade para horar dívidas e pagar os seus compromissos financeiros. Existem três agências classificação, Standard & Poor´s, Moody´s e Fitch, elas classificam os países em grau de investimentos e grau de calote, como mostra a figura a seguir:




Em situação de crise profunda, o país pode recorrer ao FMI (Fundo Monetário Internacional), mas tem que obedecer as regras desse Fundo para assim conseguir os empréstimos. Um país que deve ao FMI precisa prestar contas de como está administrando a sua economia e ações que devem ser tomadas para recuperar a economia, como:
·         Corte de gastos públicos;
·         Redução da inflação;
·         Estabilidade monetária;
·         Privatização de estatais;
Como na maioria das vezes essas exigências são incompatíveis com um verdadeiro crescimento do país, as economias dependentes do FMI atravessam duras fases de recessão, desigualdade social, desemprego e queda do poder aquisitivo da população. Durante muitos anos o Brasil teve dívidas com o FMI (criadas pela Ditatura Militar), mas em dezembro de 2005 no governo Lula, o Brasil saldou a sua dívida com o Fundo. Em 2009, o país se converteu em credor do FMI para ajudar a economia mundial em crise, oferendo 10 bilhões de dólares e troca de mais direitos de voto na instituição.

Exercícios
1) Como os “Tigres Asiáticos” desenvolveram a sua economia voltada para exportação? Em que investiram?
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2) Quais países fazem parte do BRICS? O que foi discutido em sua primeira reunião?
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3) Explique por que a Rússia tem grande importância na nova ordem geopolítica mundial?
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4) Cite três crises econômicas mundiais que trouxe consequências para o Brasil. Explique cada uma delas.
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5) Pesquise quais são os quadros países em desenvolvimento que passaram a integrar os dez maiores cotistas do FMI e qual é o nome da organização composta por essas nações.

Avaliação
1) Aponte uma característica do FMI
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2) Explique o é uma avaliação de risco de um país.
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3) Por que os recursos energéticos são tão importantes para a Rússia?
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4) Em que momento o Brasil pagou a sua dívida com o FMI? Explique como ficou o Brasil nesse momento.
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5) Explique o que foi a Crise no Petróleo e quais foram as suas consequências para o Brasil.
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Um comentário:

  1. foram entregues duas apostilas ...vocês não pensão em fazer aulas online com os alunos?

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