sexta-feira, 27 de março de 2020

PORTUGUÊS 8 ANO C D E


Habilidades a serem trabalhada nesta atividade (EF69LP49)(EF89LP33)

Gênero  crônica
O gênero textual crônica é uma narrativa que tem por base fatos que acontecem em nosso cotidiano.
As principais características de uma crônica são: narrativa curta com poucos personagens e linguagem simples. Uso da primeira pessoa e tempo cronológico determinado.

Filme: As crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o guarda-roupa; responda em seu caderno as seguintes perguntas relacionada a crônica  de Nárnia, como suporte a explicação de gênero textual crônica.

1. Relate quem são as personagens principais do filme assistido e como acontecem as primeiras cenas do filme.

2. Comente sobre o que acontece quando Lúcia que, estava brincando de pique esconde com os irmãos, entra no guarda-roupa? Relate até o momento em que ela volta do guarda-roupa.

3. O que acontece quando Lúcia retorna de Nárnia?

4. Qual  é o segundo personagem que  encontra Nárnia?O que ele encontra lá?

5. O que acontece a Edmundo quando ele retorna a  Nárnia trazendo seus irmãos?

6. Como é Nárnia? Descreva-a.

7. Quem é Aslam?

8. O que você achou do filme?

9. Como o filme termina?

10. Descreva uma cena do filme que retrata as características de uma crônica.





Habilidades a serem trabalhadas  neste contexto (EF89PL37)
TEXTO 1
Não há morte. O encontro de duas expansões, ou a expansão de duas formas, pode determinar a supressão de duas formas, pode determinar a supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não há morte, há vida, porque a supressão de uma é a condição da sobrevivência da outra, e a destruição não atinge o princípio universal e comum. Daí o caráter conservador e benéfico da guerra.
Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição
A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas.
Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas.
(ASSIS, Machado fr. Quincas Borba. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira/INL, 1976.)

Assinale dentre as alternativas abaixo, aquela em que o uso da vírgula marca a supressão (elipse) do verbo:
a) Ao vencido, ódio ou compaixão, ao vencedor, as batatas.
b) A paz, nesse caso, é a destruição (…)
c) Daí a alegria da vitória, os hinos, as aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas.
d) (…) mas, rigorosamente, não há morte (…)
e) Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se (…)

2.Leia estes versos:
“As ondas amarguradas
Encostam a cabeça nas pedras do cais.
Até as ondas possuem
Uma pedra para descansar a cabeça.
Eu na verdade possuo
Todas as pedras que há no mundo,
Mas não descanso”. (Murilo Mendes)

A figura de linguagem que ocorre nos versos 5 e 6 é:
a) metáfora
b) sinédoque
c) hipérbole
d) aliteração
e) anáfora

3. Cada frase abaixo possui uma figura de linguagem. Assinale aquela que não está classificada corretamente:
a) O céu vai se tornando roxo e a cidade aos poucos agoniza. (prosopopéia)
b) "E ele riu frouxamente um riso sem alegria". (pleonasmo)
c) Peço-lhe mil desculpas pelo que aconteceu. (metáfora)
d) "Toda vida se tece de mil mortes." (antítese)
e) Ele entregou hoje a alma a Deus. (eufemismo)

4. No trecho: “…dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo”, a figura de linguagem presente é chamada:
a) metáfora
b) hipérbole
c) hipérbato
d) anáfora
e) antítese




Habilidade  trabalhada (EF08LP06)

Revisão e exercícios: Tipos de sujeito

Termos essenciais da oração: Sujeito e predicado
Sujeito  é o termo da oração que indica o ser de quem se fala.
Predicado  é tudo o que se informa sobre o sujeito, contém o verbo..
Dica: Para achar o sujeito: faça perguntas “Quem?” “O quê? Antes do verbo.
Ex.:Você sabe andar a cavalo?
Quem sabe andar a cavalo? R.: Você → é o sujeito da oração. Retirando o sujeito, o que sobra é o predicado.

Tipos de sujeito:
Simples: tem apenas um núcleo  O menino ganhou uma bicicleta. (núcleo:menino)
Composto: tem mais de um núcleo  A lotérica e o supermercado ficam na mesma rua. (núcleos: lotérica, supermercado)
Oculto (ou elíptico) : não está expresso na oração, mas pode ser reconhecido pela terminação verbal.  Fomos ao cinema ver o filme do Snoopy. (sujeito: nós)
Indeterminado: é aquele que não se quer ou não se pode identificar Falaram mal de você.
Inexistente (oração sem sujeito): só possui predicado, ocorre com:
·    verbos que indicam fenômenos da natureza. Trovejou.
·    verbos fazer e haver no sentido de tempo decorrido.  Faz cinco meses... / Há três anos...
·    verbo haver no sentido de existir.  Havia muitas pessoas no cinema.
·    verbos ser, estar, fazer indicando tempo metrológico.  É verão. / São cinco horas.

Relação sujeito/predicadoA relação sujeito e predicado é determinada por um verbo, em torno da qual a oração se organiza. A maioria dos verbos indicam ação ou processo, são chamados de verbos nocionais ou significativos. Há alguns verbos não indicam ação, apenas atribuem ao sujeito uma característica ou qualidade, são os verbos de ligação.

De acordo co a explicação acima responda as seguintes  perguntas:

1. Observe o poema abaixo, de José Paulo Paes.

Esse poema tem 2 orações, separe-as:

O homem olha o micróbio
Pelo microscópio.
O micróbio olha o homem
Pelo telescópio.

1ª: __________________________________________
2ª: ___________________________________________

a) Qual é o sujeito de cada oração?                             
1ª.______________________  2ª.________________________

b)Qual é a idéia principal do poema?

c) O que muda de uma oração para outra?
(   ) apenas o sujeito    (    ) sujeito, objeto  e o instrumento   (    ) só o instrumento

2. Leia  a oração abaixo e sublinhe o verbo: “Na rua, ao sol de verão, envenenado morria um pobre cão.”
Qual é o sujeito? __________________   


3. Identifique o verbo, sublinhe o sujeito (quando houver) e indique a classificação em cada frase.

Ex.:. Você e ele também são   importantes.  Sujeito composto                       

a. Fala-se muito.                                                     
b. Não existe essa possibilidade            
c. Há muitas vagas                                                   
d. Chegaram ele e o irmão.                            
e. Apareceu no bairro um novo circo.                      
 f. Faz muito calor nessa época.
g. Fui ao médico hoje pela manhã.                           
h. São felizes essas crianças..


4. Assinale a única oração que não possui sujeito:
a. (   ) Choveu tomate sobre ele.           b. (   ) Queixou-se da prova.                   
c. (   ) Havia saído o aluno.                    d. (   ) Neva muito n Europa

5.Escreva nos parênteses:

OSS -  para oração sem sujeito
SC - para sujeito composto
SS - para sujeito simples
SI - para sujeito indeterminado
SO -  para sujeito oculto

(  ) Ontem fomos ao cinema
(  )  Faz três anos ...
(  )  São cinco horas.
(  ) Vende-se casas.
(  ) Pai e filho estão com dengue.
(  ) Falaram mal de você.
(  ) Júlia foi bem no ENEM.
(  ) Os rapazes devem ser mais educados.
(  ) Chovia muito.
(  ) Amanheceu antes do horário previsto.




CHUVA: A ABENSONHADA

            Estou sentado junto da janela olhando a chuva que cai há três dias. Que saudade me fazia o molhado tintintinar do chuvisco. A terra perfumegante semelha a mulher em véspera de carícia. Há quantos anos não chovia assim? De tanto durar, a seca foi emudecendo a nossa miséria. O céu olhava o sucessivo falecimento da terra, e em espelho, se via morrer. A gente se indaguava: será que ainda podemos recomeçar, será que a alegria ainda tem cabimento?
            Agora, a chuva cai, cantarosa, abençoada. O chão, esse indigente indígena, vai ganhando variedades de belezas. Estou espreitando a rua como se estivesse à janela do meu inteiro país. Enquanto, lá fora, se repletam os charcos a velha Tristereza vai arrumando o quarto. Para Tia Tristereza a chuva não é assunto de clima mas recado dos espíritos. E a velha se atribui amplos sorrisos: desta vez é que eu envergarei o fato que ela tanto me insiste. Indumentária tão exibível e eu envergando mangas e gangas. Tristereza sacode em sua cabeça a minha teimosia: haverá razoável argumento para eu me apresentar assim tão descortinado, sem me sujeitar às devidas aparências? Ela não entende.
            Enquanto alisa os lençóis, vai puxando outros assuntos. A idosa senhora não tem dúvida: a chuva está a acontecer devido das rezas, cerimónias oferecidas aos antepassados. Em todo o Moçambique a guerra está parar. Sim, agora já as chuvas podem recomeçar. Todos estes anos, os deuses nos castigaram com a seca. Os mortos, mesmo os mais veteranos, já se ressequiam lá nas profundezas. Tristereza vai escovando o casaco que eu nunca hei-de-usar e profere suas certezas: 
            – Nossa terra estava cheia do sangue. Hoje, está ser limpa, faz conta é essa roupa que lavei. Mas nem agora, desculpe o favor, nem agora o senhor dá vez a este seu fato? 
            – Mas, Tia Tristereza: não está chover de mais?

De mais? Não, a chuva não esqueceu os modos de tombar, diz a velha. E me explica: a água sabe quantos grãos tem a areia. Para cada grão ela faz uma gota. Tal igual a mãe que tricota o agasalho de um ausente filho. Para Tristereza a natureza tem seus serviços, decorridos em simples modos como os dela. As chuvadas foram no justo tempo encomendadas: os deslocados que regressam a seus lugares já encontrarão o chão molhado, conforme o gosto das sementes. A Paz tem outros governos que não passam pela vontade dos políticos.
Mas dentro de mim persiste uma desconfiança: esta chuva, minha tia, não será prolongadamente demasiada? Não será que à calamidade de estio se seguirá a punição das cheias?
Tristereza olha a encharcada paisagem e me mostra outros entendimentos meteorológicos que minha sabedoria não pode tocar. Um pano sempre se reconhece pelo avesso, ela costuma me dizer. Deus fez os brancos e os pretos para, nas costas de uns e outros, poder decifrar o Homem. E apontando as nuvens gordas me confessa:
– Lá em cima, senhor, há peixes e caranguejos. Sim, bichos que sempre acompanham a água.
            E adianta: tais bichezas sempre caem durante as tempestades.
            – Não acredita, senhor? Mesmo em minha casa já caíram.
            – Sim, finjo acreditar. E quais tipos de peixes?
            Negativo: tais peixes não podem receber nenhum nome. Seriam precisas sagradas palavras e essas não cabem em nossas humanas vozes. De novo, ela lonjeia seus olhos pela janela. Lá fora continua chovendo. O céu devolve o mar que nele se havia alojado em lentas migrações de azul. Mas parece que, desta feita, o céu entende invadir a inteira terra, juntar os rios, ombro a ombro. E volto a interrogar: não serão demasiadas águas, tombando em maligna bondade? A voz de Tristereza se repete em monotonia de chuva. E ela vai murmurrindo: o senhor, desculpe a minha boca, mas parece um bicho à procura da floresta. E acrescenta:
            – A chuva está limpar a areia. Os falecidos vão ficar satisfeitos. Agora, era bom respeito o senhor usar este fato. Para condizer com a festa de Moçambique ...
            Tristereza ainda me olha, em dúvida. Depois, resignada, pendura o casaco. A roupa parece suspirar. Minha teimosia ficou suspensa num cabide. Espreito a rua, riscos molhados de tristeza vão descendo pelos vidros. Por que motivo eu tanto procuro a evasão? E por que razão a velha tia se aceita interior, toda ela vestida de casa? Talvez por pertencer mais ao mundo, Tristereza não sinta, como eu, a atracção de sair. Ela acredita que acabou o tempo de sofrer, nossa terra se está lavando do passado. Eu tenho dúvidas, preciso olhar a rua. A janela: não é onde a casa sonha ser mundo?
            A velha acabou o serviço, se despede enquanto vai fechando as portas, com lentos vagares. Entrou uma tristeza na sua alma e eu sou o culpado. Reparo como as plantas despontam lá fora. O verde fala a língua de todas as cores. A Tia já dobrou as despedidas e está a sair quando eu a chamo:
            – Tristereza, tira o meu casaco.
Ela se ilumina de espanto. Enquanto despe o cabide, a chuva vai parando. Apenas uns restantes pingos vão tombando sobre o meu casaco. Tristereza me pede: não sacuda, essa aguinha dá sorte. E de braço dado, saímos os dois pisando charcos, em descuido de meninos que sabem do mundo a alegria de um infinito brinquedo.

(COUTO, Mia. Estórias abensonhadas. 7. ed. Lisboa: Caminho, 2003, p. 57-62)



Atividade proposta com base na habilidade(EF69LP44)

De  acordo com a leitura do texto acima,responda as seguintes questões:
1.Quem são as personagens do conto? Descreva-as.

2 .Em que lugar ocorre o diálogo entre essas personagens?

3.Descreva o assunto sobre o qual as personagens conversam. Elas concordam sobre o assunto que está sendo tratado?

4.Transcreva em seu caderno apenas a alternativa que melhor exprime a opinião da personagem Tristereza sobre a chuva.
a)A chuva era um castigo dos deuses, assim como o período de estio que o povo havia enfrentado.
b)A chuva serviria para limpar o povo de qualquer pecado e excesso que houvesse cometido durante o período de guerra.
c)A chuva estava lavando a terra do triste passado de guerra.

5.Releia este trecho:
A gente se indaguava: será que ainda podemos recomeçar, será que a alegria ainda tem cabimento?
a)A alegria que as personagens experimentam refere-se somente à chuva que cai após o período de seca?
b)Comprove sua resposta ao item anterior com um trecho do terceiro parágrafo. Transcreva-o em seu caderno.

6.Releia este outro trecho: 
A Paz tem outros governos que não passam pela vontade dos políticos.
Que relação esse trecho estabelece com a chegada da chuva em Moçanbique?

7.Releia este trecho do conto:
Talvez por pertencer mais ao mundo, Tristereza não sinta, como eu, a atração de sair.
a)Nas frases a seguir, a palavra “atração” foi empregada com o mesmo sentido da ex:
pressão em destaque no trecho? Justifique sua resposta.
I.A atração principal do circo era um mágico estrangeiro.
II.A lei de atração é também conhecida como a lei da gravidade.

b)Escolha, dentre as palavras a seguir, aquela que corresponde ao sentido do termo “atração”  no trecho:
 I.Força
II. Vontade
III. Espetáculo
IV. Distração
V. Divertimento
VI. Interesse


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